Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros de Sorocaba



Porque o estado de São Paulo não se resume, de forma alguma, à sua capital, aproveitei o fim- de-semana prolongado da Páscoa para ir com a família ao Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, em Sorocaba.


Sem nunca ter visitado o Zoológico de São Paulo, arrisco-me a dizer que o zoológico da cidade de Sorocaba é bem mais pequeno e a quantidade de animais inferior. Todavia, os visitantes ficavam comentando que a distância da qual os visitantes podem observar os animais é mais curta.

Como é de esperar num zoológico, diferentes classes de animais podem ser admirados. A classe com maior número de espécies representada é a dos Mamíferos, que conta com um jovem urso americano, onças, puma, elefante-indiano, babuíno-sagrado, chimpanzé, jaguatirica, antas, bugios, cachorro-do-mato, hipopótamo, vários tipos de macacos e saguis, entre muitas outras espécies.

As aves do Zoológico deixam qualquer visitante boquiaberto - o bico enorme do tucano, as cores exóticas das diferentes araras, a imponência da águia-cinzenta, o pescoço comprido da avestruz, o olhar intimidante das corujas e a exuberância dos flamingos.

Quanto aos répteis, as principais atrações são o jacaré-açu e o jacaré-de-papo-amarelo. No entanto, uma visita rápida às cobras pode ser surpreendente. As enormes jiboias, pitons e anaconda cortam a respiração de alguns visitantes. A cobra-dos-milharais, a cobra-listrada, a cobra-nariguda, a cobra-papagaio, a cobra-cipó ou ainda a caninana provocam verdadeiros arrepios.

Apesar de pequeno e possuir poucas espécies de animais, a visita ao Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros vale a pena. A entrada do zoológico custa apenas R$ 3,00 para os adultos, o espaço está bem organizado, há uma lanchonete com uma esplanada ao lado de um lago onde se pode comer e apanhar um sol gostoso. Para além disso, para quem vive na cidade de São Paulo, pela rodovia Castelo Branco o percurso demora apenas uma hora. Para quem já constituiu família ou tem familiares menores, nada melhor do que ver as expressões de fascínio, descoberta e alegria das crianças!


Porque tudo é uma questão de tempo

O tempo pergunta ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo responde ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem. 

Uma Questão de Tempo, em cena na sala experimental do Teatro Augusta, a trama tem como fio condutor o tempo.

Escrita por Alberto Guiraldelli, a peça aborda como nós, os seres humanos, em diferentes situações, nos relacionamos com o tempo, ou com a noção que temos dele. 

O tempo é, inquestionavelmente, o ator mais importante das nossas vidas, que, por estar sempre presente, nos mostra todas as suas possíveis facetas – o tempo que não temos ou aquele que não queremos ter; o tempo que passa a correr e aquele que nunca passa; o tempo que nos tomam os outros ou aquele que nós tomamos; o tempo que não volta; o tempo que gostaríamos de recuperar; o tempo que nos faz perder dinheiro ou aquele que nos permite ganhá-lo; o tempo pelo qual impacientemente esperamos e aquele do qual fugimos; o tempo que provoca dor e aquele que possibilita que sintamos o mais profundo dos prazeres; o tempo que vencemos e aquele que estupidamente nos derrota, o tempo...

Querido, odiado, respeitado, inatingível, louco, muito poucas vezes compreendido, o tempo nos controla. Tic-tac-tic-tac-tic-tac-tic-tac, longínquo e baixinho, inconscientemente, ouvimos o som do ponteiro do relógio. E o tempo não se importa com o nosso tempo. Afinal, o tempo é o único que tem e não tem tempo.


Com direção de Mônica Granndo, o elenco é composto por Christiane Lopes, Renata Mazzei, Lucas de Lucca, Rick Conte e Carlos César. Com caixas de papelão, cadeiras e alguns objetos específicos para construir cada cena, o cenário é bastante simples. As diferentes personagens representadas e um excelente trabalho de iluminação conferem à peça um dinamismo extraordinário, que faz com que a plateia não dê conta do tempo passar.

Na verdade, a plateia não se sente um mero espectador. A pequena área da sala experimental confere uma proximidade entre os atores, plateia, som e luzes. Assim, a plateia se sente muitas vezes parte integrante da cena e convidada a participar.

Fazendo a soma, 80 minutos de duração da peça, 120 minutos de transporte, 30 minutos par estacionar o carro, 10 minutos na fila de espera para comprar o bilhete, 10 minutos para fumar um último cigarro, 2 minutos para ir ao banheiro, 1 minuto para ler uma mensagem e postar no Facebook que estamos no Teatro Augusta, 5 segundos para desligar o celular, 15 minutos de atraso do início da peça. Enfim, arranjem tempo para ir ver a peça Uma Questão de Tempo, porque ir ao teatro nunca é uma perda de tempo!